Meu pai sempre gostou muito de música e o Roberto Carlos era assumidamente o seu cantor favorito. Cresci ouvindo suas músicas: em casa, no carro, na chácara e por onde mais a gente estivesse a "vitrola" sempre estava tocando suas canções.
Eu escutava, cantava e até curtia com ele mas, para mim, Roberto Carlos era sinonimo do meu pai, afinal, o fã era ele e não eu. Então, desde que ele faleceu não escutei mais suas músicas (pelo menos, propositalmente).
Durante esses 9 anos, nunca me interessei em ver nenhum especial ou apresentação, porém hoje quando soube que a Rede Globo transmitiria ao vivo o show de comemoração dos 50 anos de sua carreira, tive uma vontade grande de assistir. Esparramamos os colchões na sala e com cobertores quentinhos, ficamos deitados em família (mais uma doce lembrança da minha infância e dos finais de semana na sala de TV, juntinho com meus pais e minhas irmãs).
Foi muito bom. Me emocionei, tive várias lembranças boas do meu pai e me surpreendi ao perceber que conhecia todas as letras e curtia cada canção, uma atrás da outra. Tive muita vontade, que mesmo de muito longe, ele tenha visto que passou mais uma coisa de pai para filha, porque a partir de hoje, assumidamente o Roberto Carlos ganhou mais uma fã.
Bom, termino esse
post com trechos de músicas que me ajudam a expressar a saudades e a falta que meu pai me faz.
"Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez..."
"Nunca se esqueça
Nem um segundo
Que eu tenho o amor
Maior do mundo
Como é grande
O meu amor
Por você..."
O Gabriel adora tomar banho e todas as noites quando estamos chegando perto de casa começa falar "dietu po banhu" (já absorveu essa rotina de tanto me ouvir falar, rs). Assim que abrimos a porta vai tirando a roupa todo feliz, porém o momento de lavar a cabeça é inversamente proporcional a essa alegria, chora desesperadamente até a gente conseguir tirar o último vestígio de xampú. 
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