A inocência e suas pérolas

Domingo a noite estava no meu quarto lendo uma revista, quando o Lucas entra e começa a conversar. Explico para ele que a mamãe também gosta de ler e que é importante ter esse tempinho para mim.

Ele na hora me diz:
- eu sei mamãe, ler é "escultura".

Dei a maior gargalhada e falei:
-Lu, você tem razão, mas a palavra certinha é cultura.

Saco!

Essa foi uma daquelas semanas intensas para o Márcio, com evento quase todos os dias e chegando muito tarde em casa, sem conseguir encontrar os meninos acordados.

E, em uma dessas noites, voltando para casa com os dois, o Gabriel começa a choramingar no carro chamando pelo papai. Explico que ele ainda está trabalhando, que vai chegar mais tarde. A reclamação continua, mas expressa em apenas uma pequena e clara interjeição.

- Que "caco"!

Surpresa com o que tinha escutado, olhei para trás e vejo o Gabriel com os bracinhos cruzados, cara brava e com um enorme bico. É, o garoto é sutil assim... e isso porque ele só tem 19 meses.

Conversas que valem registrar

É no carro que normalmente acontecem os melhores e mais gostosos papos com o Lucas. E essa semana foi assim, cheia de conversas que me fizeram morrer de rir.

Cena 1: - Mãe, a Munira (prof. de Música) ontem falou uma coisa que não entendi direito. Disse: "tá na boca do polvo". O que é isso?

Cena 2: - Hoje era dia de brinquedoteca, nééé? Só que eu preferi ficar me exercitando no parque ao invés de brincar com os brinquedos.

Cena 3 (essa na escola): - Vou deixar você dormir aqui, falou o Ricardo, pai do Enzo, na última tentativa de conseguir levar o filho embora da escola. - Não se preocupe, Enzo. Eles amam muito a gente e não vão deixar a gente aqui sozinho. Vamos continuar brincando.

É muito bom isso, não é?

Crianças no teatro

Ir ao teatro sempre agradou muito o Lucas e desde o nascimento do Gabriel para que esse tipo de passeio não ficasse comprometido, passamos a frequentar os eventos infantis que são promovidos pelas livrarias - pocket shows e contadores de história - prevalecendo assim o passeio em família e estimulando o Lú no gosto pelas atividades culturais.

Nesse sábado, nos atrapalhamos e perdemos o compromisso que tinhámos planejado. Um pouco tarde e sem idéia do que fazer com as crianças, lembramos que no Teatro Alfa sempre tem peças infantis no final do dia, arriscamos e fomos assistir o "Circo do seu Lé". Embora tivesse certeza que o Gabriel aguentaria assistir no máximo uns 15 minutos da peça, estava preparada para pagar e não ver.

Para nossa surpresa o comportamento dele foi surpreendente... ficou vidrado, aplaudiu, dançou e permaneceu absurdamente comportado o tempo todo (por incríveis 75 minutos), nem parecia aquele furacãozinho que é em casa.

Com certeza, um novo espetáculo fará parte da programação de um próximo final de semana, pois além de ser um bom programa para a família, reforça a minha opinião que crianças só se comportam em lugares que estão acostumadas a frequentar.

Meu pai. Parabéns!

Pai, hoje é seu dia. E com amor e muitas saudades me lembrei de você intensamente.

Senti saudades do seu jeito e do seu sorriso. Saudades de você e da gente. Saudades do que vivemos e do que não conseguimos viver.

Não sou muito de falar, mas hoje estou com o coração apertado e com um desejo enorme que você estivesse aqui pelo menos mais um dia.

Te amo! Fique com Deus.

Andei!

Os primeiros passos do Gabriel já aconteceram há algum tempo, mas não sei se por insegurança, receio ou até mesmo por pura preguiça o máximo que ele se permitia eram três passinhos. Só que hoje enquanto brincávamos na sala ele se levantou, na sequência abaixou de novo para pegar seu brinquedinho com as duas mãos e, de repente, saiu andando pela casa feito um pinguim desengonçado como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Eu, apesar de achar o máximo, fofo e emocionante, confesso que fico num nervoso danado achando que ele vai cair e se machucar a cada momento. Mas o jeito é relaxar e curtir, porque agora com essa liberdade de ir e vir ninguém segura mais meu furacãozinho.


obs.: para recordação vale registrar que hoje Gabriel está com 1 ano, 3 meses e exatos 21 dias.

Corpore Batavinho

Primeira participação esportiva na vida do meu atleta mirim.


Ele gostou tanto, que assim que a corrida acabou pediu para inscrevê-lo de novamente. Vou ficar atenta esperando o próximo evento, pois acho muito bacana incentivar nossos filhos à essa prática tão saudável.

Bom dia com amor

Meus finais de semana começam assim... com esses pequenos momentos de felicidade que valem muito a pena.

Ana Carolina

No carro, na volta do nosso passeio, o rádio toca a música da Ana Carolina onde uma parte da letra diz:

"Eu não quero cantar
Pra ninguém a canção
Que eu fiz pra você
Que eu guardei pra você
Pra você não esquecer
Que eu tenho um coração
E é seu!..."

De repente escutamos o Lucas em um embate com a cantora.

- "Muito engraçada...você inventa a música, coloca ela em um CD e depois diz que não quer cantar pra ninguém".

Adorei, filho. É muito bom quando você me faz rir.

Tão iguais, diferentes

Um dos passeios deste sábado era cortar o cabelo no Glitz , o que para o Lucas sempre foi diversão garantida. Já para o Gabriel o programa foi um suplício.

É, filhos não vem com a mesma receita. Cada um é diferente e único no seu jeito de ser.

Conversas que valem o dia

No carro indo pra escola...

- "Mãe, sabia que eu não sou o mais ajeitado da escola?"

- "Ajeitado? O que é isso?"

- "Ah, você sabe... as vezes você fala isso pra mim?"

Depois de mais duas perguntas na tentativa de entender o significado da tal palavra, preferi continuar a nossa conversa antes que o Lucas ficasse de mal humor com a escassez do meu vocabulário.

-"Tá...então me fala quem é o mais ajeitado?"

- "O Tom, mãe... na escola sempre alguém fala pra ele: -pára um pouco, que menino mais ajeitado."

Conhecendo bem a super energia do Tom (que, digamos, não tem nada diferente da do Lucas), na hora entendi a mensagem.

-"Tem razão filho, o Tom é mesmo bem AGITADO, né."

Coelhinho da Páscoa

Na sexta fui buscar o Lucas na escola --coisa infelizmente rara em nossa rotina, mas que adoro-- e encontro ele na classe sentado junto à turminha na última atividade do dia.

Quando me viu, seus olhinhos brilharam de alegria e com um sorriso gostoso correu ao meu encontro para me dar o abraço mais gostoso e recompensador que uma mãe pode receber, após deixar o trabalho mais cedo para encontrá-lo.

Ao se despedir da professora, ganhou uma cestinha e uma cenourinha para preparar a nossa casa para a visita do coelhinho no domingo de Páscoa.

Ao entrar no carro, naquele final de tarde extremamente chuvoso, logo soltou sua primeira tirada da noite, que vale aqui o registro:

-"mamãe, estou com muita pena do coelhinho da páscoa."

- "ah é, filho. Porque?"

- "olha essa chuva, tadinho do coelhinho com tantas crianças no mundo ele vai ficar com o pelinho muito molhado até deixar os ovinhos em todas as casas."

- "ainda bem que o coelhinho é um bichinho muito rápido, né filhão."

-"é só que a chuva é mais rápida ainda... mas mãe, se ele molhar a nossa casa você promete não brigar com ele? Ele não tem culpa dessa chuva e não pode deixar nenhuma criança triste só porque tá chovendo, né manhêê".

- "É Lú... então vamos torcer pra domingo não chover".

Como tudo seria tão mais bonito se as pessoas permanecem com a pureza e fantasia da infância durante toda a vida.

Primeira palavrinha

Há dias que os sons emitidos pelo Gabriel estão mais claros e algumas sílabas bem perceptíveis, mas essa semana o mocinho me surpreendeu ao revelar a tão esperada primeira palavrinha.

De manhã, ao chamá-lo para tomar banho e interrompendo a sua brincadeira matinal com o irmão, escutei claramente um "naão".

Admito que não era essa a primeira palavra que imaginava escutar, mas observando sua vontade própria e gênio forte, logo percebi que não teria outra estréia que revelasse tão bem a sua personalidade.

Parabéns, filho. É assim que eu gosto.

Quem me criou?

Normalmente os melhores papos com o Lucas acontecem no carro, mas hoje ele conseguiu me surpreender logo ao acordar, para ser mais precisa, exatamente às 6h20 da manhã.

-"Manhêê, quem me criou foi meu pai, não foi?"

Eu ainda meia sonolenta, perguntei: -"Como assim quem te criou, filho?"

-"É que como eu sou homem e ele também, foi ele que me criou, né."

Sem entender ao certo o que ele queria dizer, respondi: - "Não, filho. Eu ajudei, você é parte da mamãe também."

E foi nessa hora que o papo tomou um rumo, digamos pelo menos, interessante.

-"Mãe, mas vocês usaram óculos?"

- "Óculos?" Foi a única coisa que consegui pronunciar.

- "É óculos... e vocês estavam em um escritório quando me criaram?

Ainda confusa e controlando muito a vontade de rir, falei: -"Não filho. Não fizemos você em um escritório."

- "Ahh é, mamããee. E onde foi então?"

- "Onde foi...humm... a mamãe e o papai namorou bastante até você nascer, filho." E foi essa resposta, que sinceramente não sei se é correta ou não que me veio a mente. No mesmo instante fechei os olhos e ansiosa aguardei o desfecho da nossa conversa matinal, que para minha surpresa simplesmente foi: - "Ahh, tá... e você quer brincar um pouco comigo antes de eu ir pra escola?"

Bem, por hora, acho que consegui satisfazer a sua curiosidade...mas sei que meu dia de explicar como se faz um bebê vai chegar, e acho bom eu já ir treinando o meu discurso.

Uma novidade a cada dia

Essa idade do Gabriel é mesmo muito gostosa, é uma delícia acompanhar sua evolução e ver que cada dia tem uma descoberta diferente.

Hoje enquanto me arrumava para ir ao trabalho deixei ele sentadinho no quarto de brinquedos cercado com coisas que normalmente costuma brincar, poucos minutos depois quando fui pega-lo, tomei um susto com o tamanho da bagunça que ele conseguiu fazer. Fiquei parada na porta assustada com o estado do quarto - gavetas abertas, prateleiras vazias e brinquedos esparramados - mas principalmente, muito curiosa para saber como ele tinha conseguido andar por todo o espaço se até a noite anterior não dava nem sinais que iria engatinhar.

Tentei ficar ali observando, mas pouco consegui porque logo que me viu abriu um sorriso delicioso e esticou os bracinhos pedindo colo. E foi assim, lembrando dessa cena, que passei o dia trabalhando.

A noite quando cheguei na minha mãe para buscá-lo, todos estavam eufóricos para me contar a novidade - finalmente o Gabriel tinha engatinhado - e eu, claro, logo lembrei da cena que me acompanhou durante todo o dia. Agora imagine, se na primeira engatinhada ele já fez essa bagunça, o que será de mim quando começar a andar...ai ai, fala se não estou perdida?

Marido - rumo a novos desafios

Hoje foi o último dia de trabalho do Má na atual agência. Para ele um dia cheio de emoções e pra mim de orgulho em ver o quanto ele era querido, reconhecido e admirado.

Em uma profissão tão estressante e as vezes até sacrificadora como a dele, são essas provas de amizade, reconhecimento e gestos de carinho que dão forças e estímulo pra seguir em frente.

Amor, te desejo todo sucesso do mundo, e tenho certeza que esse novo trabalho será mais um lugar que vai ser preenchido com seu encanto e profissionalismo.